quarta-feira, 31 de maio de 2017

Daniel e o Apocalipse, a Besta e o Anticristo



O livro de Daniel é conhecido como o Apocalipse do Antigo Testamento. Na realidade o Apocalipse é apenas o complemento e a ampliação das profecias de Daniel. Dificilmente, portanto, um poderá ser entendido sem o auxílio do outro. É in dispensável que se atente para a perfeita harmonia entre os dois livros, na referência ao poder anticristão representado por Roma.

Ambos fazem menção ao mesmo poder. Vamos analisar as quatro dimensões mencionadas no texto referido de Daniel 7:25, que caracterizam sem nenhuma dúvida o poder religioso assentado em Roma, comparando-as com suas similares do livro de Apocalipse.

A primeira delas trata das blasfêmias: E proferirá palavras contra o Altíssimo... (Daniel 7:25). E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias... E abriu a sua boca em blasfêmias, contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu Tabernáculo, e dos que habitam no céu (Apocalipse 13:5-6). Então tive vontade de conhecer a verdade sobre o quarto animal que era diferente de todos os outros, muito terrível... e também das dez pontas que tinha na cabeça, e da outra que subia, de diante da qual caíram três... que tinha olhos e uma boca que falava grandiosamente, e cujo parecer era mais firme do que o das suas companheiras (Daniel 7:19-20). O qual se opõe, e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, que rendo parecer Deus (II Tessalonicenses 2:4).

Primeiramente é necessário que se conceitue o verdadeiro significado da palavra blasfêmia . Note-se o esclarecedor relato bíblico, quando Jesus Se dirigiu a alguém, perdoando os seus pecados: E, vendo Ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? (S. Lucas 5:20-21).

Ora, segundo eles Jesus estava blasfemando porque pretendia perdoar pecados. Em outra ocasião, novamente Jesus foi acusado pelos judeus de blasfemar: Os judeus responderam, dizendo-Lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo (S. João 10:33).

Jesus podia e pode só Ele, perdoar pecados, porque Ele é Deus. Os judeus não O aceitavam como tal e por isto o acusavam de blasfêmia. E o poder humano estudado que se arroga o direito de perdoar pecados e considerar-se no lugar de Cristo, como Seu substituto?

O dicionário Aurélio, já mencionado, conceitua a palavra blasfêmia como palavras que ultrajam a divindade ou a religião .

A seguir registraremos algumas das absurdas e assombrosas afirmações papais, em que o poder anticristão manifesta a sua pretensão blasfema de ocupar o lugar de Deus, na Terra:

Há, no Direito Canônico, uma proposição que afirma, claramente: O papa romano não ocupa o lugar de um mero homem, senão o do verdadeiro Deus neste mundo (Direito Canônico C. 3, x de translat. e Piso 1,7., referi do em Testemunhos Históricos, p. 430).

Sobre a mesma pretensão, outra referência: Em uma passagem que faz parte da lei canônica romana, o papa Inocêncio III declara que o pontífice romano é o representante sobre a Terra, não de um mero homem, senão do próprio Deus ; e em uma interpretação da passagem se explica que isto é porque ele é o vigário de Cristo, que é o mesmo Deus e o mesmo homem (Decretal D. Gregor. Pap. IX lib. l de translat. Episc. Tit. 7 cap. 3 Corp. Jur. Canon, Ed. Paris, 1.612). O papa Pio X autorizou a codificação em lei canônica em 1.904 e o código resultante entrou em vigor em 1.918.

Senhor Deus o Papa . As palavras Dominum Deum Nostrum Papam (Nosso Senhor Deus o Papa) ocorrem nas Extravagantes do papa João XXII, coluna 153. (O Conflito dos Séculos, p. 153, edição de 1.968).

O pontífice romano foi constituído juiz no lugar de Deus, lugar que ele ocupa como vice-regente do Altíssimo (Simaco, papa de 598 a 614 in THIELE, Edwin R., Daniel Esboço de Estudos, p. 66).

O papa é Deus, porque é vigário de Deus (Inocêncio III, papa de 1.198 1.216). Ocupamos na Terra o lugar de Deus Todo-Poderoso (Leão XIII, papa de 1.878 1.903) (The Great Encyclical Letters of Leo XIII, 20/06/1. 894 p. 304).

O papa é Jesus Cristo escondido sob o véu da carne . (Papa Pio X, Testemunhos Históricos, p. 431).

Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Pio XI, papa de 1.922 1.939, referindo-se a sua própria pessoa, Jornal Correio do Povo , Porto Alegre, 08/11/1938). O mesmo Pio XI declara, mais, segundo a mesma fonte: Vós sabeis que eu sou o santo padre, o vigário de Cristo, o representante de Deus na Terra . E, ainda, Deus no céu e eu na Terra .

E, portanto, declaramos, dizemos e resolve mos: Estar sujeito ao pontífice romano é necessário a toda a criatura para ser salva (Bula Unam Sanctum, Bonifácio VIII, novembro de 1.302 C.L. in Testemunhos Históricos, p. 431).

O papa é o supremo juiz da lei na Terra. É o representante de Cristo, que não é somente um sacerdote para sempre, mas também Rei dos reis, e Senhor dos senhores (Extraído da Civilitá Católica, de 18/03/1. 871, mencionado em Vatican Concil, por Leonard Wooslay Bacon, edição da American Tract Society, p. 200).

O papa é o vigário de Cristo, ou a cabeça visível da Igreja sobre a Terra. Os atributos do papa são os mesmos que os de Cristo. Este pode perdoar pecados, também o pode o papa. O papa é o único homem que se arroga o vicariato de Cristo. Sua pretensão não encontra oposição séria, e isso lhe estabelece a autoridade. Os poderes conferidos ao papa por Cristo lhe foram dados, não como a um mero homem, mas como representante de Cristo. O papa é mais do que o representante de Cristo, porque ele é o fruto de Sua divindade e da divina instituição da Igreja (Rev. Jeremias Prendegast. S. J. Syracusa N. Y., em Post Standard de 24/03/1.912, citado em Source Book for Bible Students, p. 412).

Todos os nomes que são atribuídos a Cris to nas Sagradas Escrituras, mencionando a Sua supremacia sobre a Igreja toda, são também atribuídos ao papa (Source Book for Bible Students, ed. 1.927, p. 411).

Aquilo que o papa diz, devemos aceitar como se Deus mesmo o tivesse dito. Nas coisas divinas o temos por Deus, e no domínio dos mistérios da fé, eu teria mais confiança num só papa do que em mil Agostinhos, Jerônimos e Gregórios (Cornélio Musseo, bispo de Bitarto, ao pregar em Roma in El Pontificado, Inácio de Doellinger, p. 276, Edição Espanha Moderna, Madrid citado em Testemunhos Históricos, p. 432).

Não há diferença entre o papa e Jesus Cristo (Tomás de Aquino, El Pontificado, Inácio Doellinger, p. 186 in Testemunhos Históricos, p. 432).

O papa é, pois, o pai de todos os cristãos, sendo que por ele recebemos a graça de Deus. É, por conseguinte o papa que tem a chave das fontes da graça (HILARE, P. A., A Religião Demonstrada, p. 389).

Só o papa merece ser chamado santíssimo porque unicamente ele é vigário de Cristo, manancial, fonte e plenitude de toda a santidade... É igualmente o monarca divino, imperador supremo, o rei dos reis... De aí que o papa leva uma coroa tríplice, como rei do céu, da Terra e das regiões inferiores... Além disso, a superioridade e o poder do pontífice romano não se referem só às coisas celestiais, às terrenais e às que estão debaixo da terra, senão que chegam até sobre os anjos, pois é maior do que eles... De maneira que se se pudesse dar o caso de que os anjos errassem na fé, ou pensassem em forma contrária à fé, poderiam ser julgados e excomungados pelo papa... Porque ele tem tão grande dignidade e poder que forma com Cristo um e o mesmo tribunal... O papa é como se fosse Deus na Terra, único soberano dos fiéis de Cristo, principal rei dos reis, que tem a plenitude do poder, a quem o Deus onipotente tem confiado não só a direção do terrenal, senão também do reino celestial... o papa tem tão grande autoridade e poder que pode modificar, explicar ou interpretar mesmo as leis divinas (Prompta Biblioteca, trad. Lúcio Ferrari, Art. papa , Vol. VI, pp. 26-29, destaques acrescentados).

Ninguém pode apelar do papa a Deus, como ninguém pode entrar no consistório de Deus sem a mediação do papa, que é o portador das chaves e o porteiro do consistório da vida eterna; e como ninguém pode apelar a ele mesmo, porque há uma decisão e uma corte (cúria) de Deus e do papa (TRIUMPHUS, Augustino, Summa de Potestate Eclesiastica, De Papalis Sentencie Apelatione).

A Igreja romana foi fundada unicamente pelo Senhor. Somente o bispo de Roma merece em direito o nome de universal. Só ele tem o direito de decretar novas leis, de fundar novas comunidades, de depor bispos sem decisão sinodal, de subdividir dioceses ricas e unificar as pobres. Só ele tem o direito de conferir as insígnias imperiais. Só ele dá o pé a beijar a todos os príncipes. Só o seu nome é citado nas preces da igreja. O seu nome de papa é reservado a ele só no mundo. Ele tem o direito de depor o imperador. Sem a sua vontade nenhum sínodo pode ser chamado universal. As suas sentenças são inapeláveis. Ele não pode ser julgado por ninguém. Todos os negócios importantes de todas as igrejas devem ser levados perante a Santa Sé. A Igreja romana nunca se enganou e nunca se enganará conforme atestam as Sagradas Escrituras. O papa romano, quando é consagrado segundo os canones, torna-se santo pelos méritos de São Pedro. Ninguém pode ser considerado católico, se não está de acordo com a igreja romana. O papa pode dispensar os súditos do juramento de fidelidade prestado a maus soberanos (BERNHART, I., Gregório VII O Vaticano Potência Mundial, p. 114).

O papado nunca abandonou sua pretensão blasfema de perdoar pecados e de ser intermediário entre Deus e o homem, pois em tempos recentes o papa João Paulo II adverte que só a Igreja pode perdoar, enfatizando: Enganam-se aqueles que buscam o perdão aos seus erros falando diretamente com Deus .

A segunda dimensão de Daniel 7:25 menciona a perseguição e destruição dos Santos do Altíssimo pelo poder mencionado, os que foram mortos como hereges: e destruirá os santos do Altíssimo .

O Apocalipse, referindo-se à mesma profecia, declara: E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:7-8).

Eu olhava, e eis que esta ponta fazia guerra contra os santos e os vencia (Daniel 7:21).

A história do papado está manchada do sangue dos Santos do Altíssimo, perseguidos, torturados, ultrajados e mortos por um poder satânico que se diz cristão. As especificações da profecia foram total e fielmente cumpridas e seriam necessários milhares de páginas e incontáveis livros para que se escrevessem todas as maldades, crimes e assassinatos praticados em nome da religião de Cristo.

O mais hediondo, vergonhoso e quase inacreditável crime perpetrado contra os Santos do Altíssimo foi a matança dos crentes huguenotes na fatídica e tristemente célebre Noite de São Bartolomeu , em Paris, em 24 de agosto de 1.572.

Milhares de famílias de cristãos verdadeiros crianças, mulheres, idosos foram indiscriminadamente chacinadas de maneira traiçoeira e cruel, em nome da religião e do papa. Este, Gregório XIII, considerado notabilíssimo pela igreja, na realidade um monstro de crueldade, receberá de Deus a justa retribuição na ressurreição dos ímpios.

Ao tomar conhecimento do sucesso da empreitada o altivo e ímpio pontífice rejubilou-se de tão grande maneira que saiu pelas ruas em procissão, mandou cantar um Te Deum e cunhar uma medalha em comemoração à ímpia missão. Assim como este, milhares de crimes foram cometidos, nos vários séculos de terror e perseguição, pelo Tribunal do Santo Ofício, a sanguinária Santa Inquisição , em nome de Jesus Cristo, o manso e humilde Cordeiro de Deus, o Príncipe da Paz.

O sucessor de João Paulo II, o atual papa Bento XVI, íntimo amigo e conselheiro daquele e que pretende em tempo recorde canonizá-lo, torná-lo oficialmente santo por decreto da Igreja de Roma, foi ele próprio o comandante por mais de uma década do sucedâneo daquela instituição criminosa, atualmente denominada Congregação para defesa da fé.

Aquele maldito tribunal ainda existe, mas dormita. Em breve novamente mostrará suas garras, na perseguição final aos santos do Altíssimo , nos últimos dias da história da humanidade, imediatamente antes da volta de Jesus para cumprir a bendita promessa da redenção.

A terceira dimensão da profecia diz: E cuidará em mudar os tempos e a lei (Daniel 7:25). A Palavra de Deus complementa esta que seria outra atribuição do poder apóstata estudado, dizendo que juntamente com o exército e o poder do paganismo ou contínuo , o papado lançaria a verdade por terra e prosperaria.

Eis o texto sagrado: E o exército lhe foi entregue, com o contínuo, por causa das transgressões; e lançou a verdade por terra, fez isso e prosperou (Daniel 8:12). A palavra sacrifício ou holocausto , não consta do original, estando grafada em caracteres itálicos, sendo incluída por mera suposição dos tradutores.

A pergunta que se faz é: O papado cuidou em mudar os tempos e a lei? Jogou ele a verdade por terra e prosperou? Recebeu ele o poder do paganismo ou dragão ro­mano?

A resposta é mais que evidente: Sim, ele cumpriu todas as especificações da profecia. O mesmo animal terrível e espantoso que Daniel viu foi visto também por João: E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio (Apocalipse 13:1-2).

Note-se que esta besta herdou os atributos de todas as outras bestas representadas pelos outros animais referidos na profecia de Daniel, ou seja, o leão babilônico, o urso medo-persa e o leopardo grego, o que significa que ela absorveu todas as doutrinas pagãs e as filosofias daqueles povos, que hoje compõem o corpo doutrinário de sua religião híbrida, resulta do desse sincretismo multiforme.

O pontífice romano cumpriu as especificações da profecia no tocante aos tempos e a lei? Primeiramente, atentemos para o que significa mudar os tempos, e depois o que significa mudar a lei.

Qual o nome que se dá ao calendário hoje em vigor no mundo ocidental e aceito praticamente em quase todos os países do mundo? A resposta é: Calendário Gregoriano, em homenagem ao papa Gregório XIII (1.572 1.585).

Este papa promoveu em 1.582 a reforma do calendário, suprimindo dez dias e introduzindo os anos bissextos na contagem do tempo. Também o sistema bíblico de marcação do inicio dos dias, que era feito a partir do por do sol, foi alterado para a partir da meia-noite.

Pode-se, portanto, afirmar que o poder papal mudou os tempos. E o que dizer com relação à lei? A resposta a esta pergunta está completamente respondida no oitavo capítulo desta série, intitulado Lei e Graça A Justiça de Cristo .

No entanto, pela absoluta notoriedade do atentado feito à lei de Deus, podem ser mencionadas em poucas linhas algumas das alterações que o papado, de maneira atrevida e blasfema, pretendeu efetuar na eterna lei divina, escrita com o próprio dedo de Deus.

Em primeiro lugar ele substituiu o primeiro mandamento: Não terás outros deuses diante de Mim (Êxodo 20:3), por outro que diz: Amar a Deus sobre todas as coisas . Ora, o propósito do poder apóstata é ocultar a incontável quantidade de deuses que fabricou através de decretos pa pais, em substituição aos deuses do paganismo.

Ao canonizar os seus santos , ele se antecipa ao juízo de Deus e, sobrepondo-se ao próprio Deus, declara que eles se encontram na bem-aventurança, aptos a fazer milagres, atender orações e com capacidade para estar em toda parte, atributos estes inerentes a Deus e somente a Ele.

Como poderia o primeiro mandamento coexistir com a inumerável quantidade de santos ou pequenos deuses se ele era uma constante repreensão à hagiolatria, que é o culto a eles prestado?

O segundo mandamento foi simplesmente extirpado da lei de Deus. Como poderia o poder religioso apóstata conviver com a multidão de imagens de escultura, ídolos e ícones herdados do paganismo e com um mandamento que é determinante e diz claramente: Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem, e faço misericórdia em milhares (de gerações) aos que Me amam e guardam os Meus mandamentos (Êxodo 20:4-5).

No quarto mandamento Deus determina que seja santificado o sábado do sétimo dia por que, segundo este mandamento, o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus (Êxodo 20:8-11), que Ele abençoou e santificou e que seria um sinal do Seu poder criador entre Ele e os Seus filhos, perpetuamente (Êxodo 31:17).

Ora, este mandamento foi substituído e, em lugar do sábado do sétimo dia foi colocado o primeiro dia da semana, que era observado e guardado pelo paganismo romano como o dies solis ou dia do sol. Hoje, em lugar do preceito divino encontra-se o preceito papal: Guardar domingos e dias de festa (Catecismo Católico Romano).

A Igreja Católica afirma que o papa tem autoridade para mudar a lei de Deus, razão por que o fez. Segundo ela, os protestantes aceitam esta afirmação porque observam um dia para cuja mudança não existe nenhuma outra autoridade que não seja a autoridade papal. O poder papal não poderia conviver com o quarto mandamento porque ele é o selo da lei de Deus e contém em seu texto o nome do Legislador, as Suas atribuições de Criador e a jurisdição do Seu domínio.

O sétimo mandamento: Não adulterarás (Êxodo 20:14) foi modificado para Não pecar contra a castidade , porque um poder adúltero, que perverteu e adulterou os límpidos princípios do Cristianismo não poderia conviver com um preceito que lhe seria uma constante acusação.

Finalmente, o décimo mandamento que de termina que nada se cobice do próximo, foi reparti do em dois, para que não ficasse incompleto o número dos mandamentos, já que havia sido suprimi do o segundo mandamento que proibia a confecção e o culto às imagens.

Está, portanto, devidamente esclarecido, sem nenhuma dúvida, que o poder papal jogou a verdade por terra e cuidou em mudar os tempos e a lei. Cumpriu, portanto, mais esta especificação da profecia, a ele referente.

Resta, portanto, para dar total cumprimento a toda a profecia, o esclarecimento a respeito do período do seu domínio absoluto.

A Revolução Francesa provocou profundas alterações na história da humanidade.

A ordem política, social e econômica mundiais tiveram conseqüências indeléveis provocadas por ela. Mas talvez a maior conseqüência e que resultou em maior beneficio para a humanidade foi a libertação dos grilhões do papado.

A cidade de Paris, capital da França, foi também a capital da revolução. A Bastilha, cadeia-fortaleza situada no centro de Paris era símbolo da opressão real. A sua tomada pela população revolucionária sublevada, no dia 14 de julho de 1.789, sob o lema de Liberdade, Igualdade e Fraternidade , marca o início de um período de terror em que milhares de aristocratas e outros, considerados inimigos seus, morreram num instrumento concebido para a execução de criminosos: a guilhotina.

Napoleão Bonaparte, jovem tenente corso, distinguiu-se pela energia e gênio militar, no período pós-revolucionário, conseguindo rápida promoção e grande popularidade. Com isso, ascendeu ao poder supremo na França, não como simples rei, mas como imperador. Desejou, pretendeu e quase conseguiu conquistar todo o mundo e implantar um novo império universal.

Sua sede de conquistas e de poder esbarrou com a providência divina que, milênios antes, previra que não seria estabelecido outro reino universal, a não ser o de Jesus Cristo, na sua segunda vinda, conforme a inspirada profecia de Daniel, mencionada neste estudo (a estátua e os animais simbólicos).

Outros soberanos ambiciosos também intentaram sem sucesso o mesmo propósito de conquista mundial. Todos tiveram frustrado o seu intento. É impossível à profecia falhar.

Antes de Napoleão, Carlos Magno, rei da França, Carlos V, rei da Espanha e Imperador da Alemanha, Luiz XIV, de França, aventuraram-se nesse sonho de conquista.

Depois de Napoleão, já no século XX, dois homens julgaram-se suficientemente fortes para reunir o ferro e o barro romanos divididos: Guilherme II, o Czar da Alemanha, na terrível Primeira Guerra Mundial e Adolph Hitler, que incendiou o mundo e foi o responsável pela Segunda Grande Guerra Mundial, que destruiu milhões de vi das humanas e trans formou a Europa, principalmente, num amontoado de ruínas.

Mas, voltando a Napoleão Bonaparte, foi ele o responsável pela subversão do papado. A data oficial de sua extinção, declarada pelo Diretório Revolucionário Francês é de suma importância profética. No dia 10 de março de 1.798 o papado foi oficialmente declarado deposto e extinto o seu poder. Napoleão invadira e conquistara grande parte do mundo ocidental, dando expansão aos ideais revolucionários.

Na Itália, onde colocara o seu irmão José Bonaparte como embaixador, foi morto o general, francês Duphot, quando, numa rixa junto ao palácio da embaixada, procurava acalmar a excitação dos soldados pontifícios. José Bonaparte partiu imediata mente para Paris e o General Berthier, que o substituíra no comando do exército da Itália recebeu instruções do Diretório para vingar no Estado Romano aquele horrendo crime. À frente do exército, entrou na Cidade Eterna com 9.000 homens.

Rodolfo Manuel Haller, tesoureiro do exército italiano comunicou brutalmente ao papa Pio VI que o povo romano tinha proclamado a sua independência e já não o reconhecia como soberano político.

Preso, o papa foi metido numa carruagem que o levou provisoriamente para Siena. Posteriormente foi desterrado para a cidadela de Valence, aonde veio a morrer no dia 29 de agosto de 1.799. A Igreja Romana estava acéfala, sem cabeça. Sua cabeça havia sido arrancada à força por Napoleão. O poder papal caiu oficial mente no dia 10 de março de 1.798.

Pode-se, por tanto, por um simples exercício de aritmética, calcular o período em que ele se manteve absoluto, por registros históricos oficiais. É necessário, apenas, saber-se quando teve início este poder, qual foi o ponto de partida de seu estabelecimento, qual a data e o acontecimento político que deu início ao seu domínio mundial.

Ora, é bastante que se saiba quando e como entrou em vigor o decreto de Justiniano, tornando o papa a Cabeça Universal de Todas as Igrejas , a data que representou a queda do último obstáculo ao seu predomínio absoluto: a resposta é a derrota dos Ostrogodos, em março do ano de 538.

Subtraindo-se 538 de 1.798, encontramos o período em que o poder papal teve domínio sobre a Terra: 1.260 anos. Pergunta-se: este fato já estava predito nas Sagradas Escrituras? Sem nenhuma dúvida, com absoluta clareza, é a resposta.

Em muitos textos diferentes e enfocado de diversos ângulos, a sabedoria divina prefigurou este período profético. As profecias de Daniel e do Apocalipse são unânimes e textuais nessa referência: ... e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo (Daniel 7:25). E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente (Apocalipse 12:14). De acordo com Daniel 11:13, a palavra tempos, referindo-se a períodos proféticos, significa anos. Em Daniel 7:25 a palavra tempos está em sua forma dual, no original aramaico iddanim, significando, pois, dois anos (CARVALHO, Demilson Fonseca de, O Sinal da Besta e as Sete Pragas do Apocalipse, pp. 18-19).

Um tempo representa um ano ou 360 dias, profeticamente, como podemos depreender de textos como Ezequiel 4:7 e Números 14:34, fato que representa quase que a unanimidade de opinião de estudiosos e intérpretes das profecias bíblicas.

Dois tempos representam dois anos ou 720 dias e a metade de um tempo representa a metade de um ano, ou 180 dias. Somando-se todos estes dias-anos encontramos o resultado assombroso: 1.260 dias proféticos ou 1.260 anos, que foi exatamente o período de domínio do poder anticristão estudado.

A misericordiosa providência do Deus Altíssimo, para não deixar nenhuma dúvida, em nenhum aspecto ou sentido, ampliou as informações a respeito desse período. Note-se, nas referências seguintes, o mesmo período representado de diferentes maneiras: E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias (Apocalipse 12:6).

A mulher vestida do sol, do capítulo 12 de Apocalipse, representa a Igreja verdadeira de Deus, aqueles que, chamados de hereges foram perseguidos e mortos durante 1.260 dias-anos e que, simbolicamente, é mostrada na profecia como fugitiva para o deserto.

O mesmo período é mencionado novamente: E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses (Apocalipse 13:5). Quarenta e dois meses são equivalentes a 1.260 dias, que é o resultado da multiplicação de 42 por 30. O mesmo período é novamente mencionado pela profecia sagrada.

É impossível, portanto, não se enxergar o per feito cumprimento da Palavra de Deus, no tocante ao período em que o poder papal predominou. Sem nenhuma dúvida, 1.260 anos, do ano 538 ao ano de 1.798.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

E você ainda duvida?




O Apocalipse é pródigo de descrições coloridas das visões que nos anunciam os últimos dias antes do retorno de Cristo e a introdução do novo céu e nova terra. O Apocalipse começa com cartas às sete igrejas da Ásia Menor, revelando em seguida a série de devastações derramadas sobre a terra; a marca da besta, "666"; a decisiva batalha do Armagedom; o aprisionamento de Satanás; o reino do Senhor, o julgamento do Grande Trono Branco e a natureza da cidade eterna de Deus. Profecias sobre Jesus Cristo são cumpridas e uma última chamada ao Seu Senhorio nos assegura de que Ele voltará em breve.

- Margarete Di Donato

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Cânticos Sagrados da Antiga Religião - Sobre Crescimento Interior e Exterior : Evolução!




Os caminhos são secretos e ocultos 
e forças profundas de transformação estão agindo. 
Elevando a cabeça para o céu 
e os pés fixos no chão, 
ajude todos os que caminham a seu lado para o mesmo objetivo: 

O autoconhecimento!

Você está crescendo e não está vendo. 
Proteção você já tem, 
o resto é com você. 

Livre arbítrio!

Compreender que o poder está dentro de nós...
Tudo nos é concedido 
e o segredo está na fé, 
na esperança, 
no recomeço...
O intuito da vida é progredir
não regredir

Evoluir e Aprender Sempre!


~ Namastê ~

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Aquelas preces da alma...

"E todos os fragmentos perdidos em nós regeneram-se naturalmente, calmamente, silenciosamente… A cura está no inspirar vitalidade e expirar os resíduos de rancores inúteis...Desfrute!"





VIDA

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. 

Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, 

antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos...





quarta-feira, 3 de maio de 2017

Flor de Lótus

Saiba porque a flor de lótus é um dos símbolos mais antigos e profundos do nosso planeta



A flor de Lótus é uma espécie de flor aquática, com muitos significados para os países do Oriente, especialmente o Japão, o Egito e a Índia. Ela é considerada sagrada e um dos símbolos mais antigos e mais profundos do nosso planeta. Nos ensinamentos do budismo e hinduísmo, a flor de lótus simboliza o nascimento divino, o crescimento espiritual e a pureza do coração e da mente.

O significado da flor de lótus começa em suas raízes – literalmente! A flor de lótus é um tipo de lírio d’água, cujas raízes estão fundamentadas em meio à lama e ao lodo de lagoas e lagos. O lótus vai subindo à superfície para florescer com notável beleza. O simbolismo está especialmente nesta capacidade de enfrentar a escuridão e florescer tão limpa, tão bonita e tão especial para tantas pessoas.

À noite as pétalas da flor se fecham e a flor mergulha debaixo d’água. Antes de amanhecer, ela levanta-se das profundezas novamente, até ressurgir novamente à superfície, onde abre suas pétalas novamente. Por causa desse ritualismo, os egípcios antigos associavam a flor de lótus com o deus do sol Ra, porque a flor se fecha durante a noite e se abre todas as manhãs com o ressurgimento do sol.

É também a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35º, isto é, a mesma temperatura do corpo humano. Outra característica peculiar são suas sementes, que podem ficar mais de 5 mil anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar.


Lenda da flor de Lótus no budismo


Na lenda do Budismo relata-se que quando o Siddhartha, que mais tarde se tornaria Buda, deu os seus primeiros sete passos na terra, sete flores de lótus brotaram. Assim, cada passo dele representa um degrau no crescimento espiritual.
Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pela abertura das pétalas das flores de lótus, que podem estar totalmente fechadas, semiabertas ou completamente abertas, dependendo do estágio da expansão espiritual.


Lendas egípcias da flor de lótus


A flor de Lótus é uma planta sagrada no Egito Antigo, onde é retratada no interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito. Segundo uma lenda, a flor está relacionada à criação do mundo e o umbigo do Deus Vishnu, onde teria nascido uma brilhante flor de lótus e desta teria surgido outra divindade, o Brahma, o criador do cosmo e dos homens. Outra lenda egípcia diz que o deus do sol Horus, nasceu também de uma flor de Lótus.



Lenda da flor de lótus no hinduísmo


Na Índia, uma pequena lenda conta a historia de sua criação: Um dia, reuniram-se para uma conversa, à beira de um lago tranquilo cercado por belas árvores e coloridas flores, quatro lendários irmãos. Eram eles o Fogo, a Terra, a Água e o Ar.
Como eram raras as oportunidades de estarem todos juntos, comentavam como haviam se tornado presos a seus ofícios, com pouco tempo livre para encontros familiares. Mas a Água lembrou aos irmãos que estavam cumprindo a lei divina, e este era um trabalho que deveria lhes trazer o maior dos prazeres.
Assim, aproveitaram o momento para confraternizar e contar, uns aos outros, o que haviam construído – e destruído – durante o tempo em que não se viam. Estavam todos muito contentes por servirem à criação e poderem dar sua contribuição à vida, trabalhando em belas e úteis formas.
Então se lembraram de como o homem estava sendo ingrato. Construído ele próprio pelo esforço destes irmãos, não dava o devido valor à vida. Os irmãos chegaram a pensar em castigar o homem severamente, deixando de ajudá-lo. Mas, por fim, preferiram pensar em coisas boas e alegres.
Antes de se despedir, decidiram deixar uma recordação ao planeta deste encontro. Queriam criar algo que trouxesse em sua essência a contribuição de cada um dos elementos, combinados com harmonia e beleza. Sentados à beira do lago, vendo suas próprias imagens refletidas, cada um deu sua sugestão e muitas ideias foram trocadas. Até que um deles sugeriu que usassem o próprio lago como origem.


Que tal um ser vivo que surgisse da água e se crescesse em direção ao céu? Uma vegetal, talvez? Decidiram-se, então, por uma planta que tivesse suas raízes rente à terra, crescesse pela água e chegasse à plenitude do ar. Ofereceram, cada um, o seu próprio dom. A Terra disse: “darei o melhor de mim para alimentar suas raízes”.
A Água foi a próxima: “Fornecerei a linfa que corre em meus seios, para trazer-lhe força para o crescimento de sua haste”. “E eu lhe cercarei com minhas melhores brisas, dando-lhe minha energia e atraindo sua flor”, disse o Ar. Então o Fogo, para finalizar o projeto, escolheu o que de melhor tinha a oferecer: “ofereço o meu calor, através do sol, trazendo-lhe a beleza das cores e o impulso do desabrochar”.
Juntos, puseram-se a trabalhar, detalhe a detalhe, na sua criação conjunta. Quando finalizaram sua obra, puderam se despedir em alegria, deixando sobre o lago a beleza da flor que se abria para o sol nascente. Assim, em vez de punir o ser humano, os quatro irmãos deixaram-lhe uma lembrança da pureza da criação e da perfeição que o homem pode um dia alcançar.






Deixe florescer em ti, a flor,
a flor de lótus, 
que não perde sua beleza 
meio a tanta lama.

Meio a tanto ódio,
seja você aquele que ainda ama.

- Janaina A.Lucena -

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Salve Samhain!

Salve Samhain!!!! 
Samhain - A Morte do Deus (31 de outubro no hemisfério Norte & 1º de maio no hemisfério Sul)



Samhain (pronuncia-se Sou-ein), festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo dos Bruxos.

Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão.

Essa é a noite em que o véu que separa o mundo material do mundo espiritual encontra-se mais fino e o contato com nossos ancestrais torna-se mais fácil. É também o momento tradicional para celebrar a última das colheitas e se preparar para o Verão.

O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.

Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.

Samhain é a noite em que o Velho Rei morre e a Deusa Anciã lamenta sua ausência nas próximas seis semanas.



O Sol está em seu ponto mais baixo no horizonte, de acordo com as medições feitas através das antigas pedras da Britânia e da Irlanda, razão pela qual os Celtas escolheram esse Sabbat, em vez de Yule, para representar o Ano-Novo. Para os Antigos Celtas, esse dia sagrado dividia o ano em duas estações, Inverno e Verão.

Samhain era o dia no qual começavam o Ano-Novo celta e o Inverno, por isso era um tempo ideal para términos e começos. É o dia ideal para honrar os mortos, pois nele os véus que separam os mundos estão mais finos. Aqueles que morreram no ano passado e aqueles que estão reencarnando passam através dos véus e portais nesse dia.

Os Portões das Sidhe estão abertos e nem humanos nem fadas precisam de senhas para entrar e sair. Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras. Samhain é um festival do fogo e é a entrada para a parte sombria e fria da Roda do Ano. É em Samhain que as fogueiras são acesas para que os espíritos do outro mundo possam encontrar os caminhos para partirem ao Outro Mundo (País de Verão).

Samhain é o tempo de lembrarmos com amor aqueles que partiram para o outro lado, por isso é chamado de a Festa Ancestral. Toda a família, ou grupo, se reúne para reverenciar os que já partiram. É muito comum nesse Sabbat se realizar uma ceia em silêncio, conectando-se com aqueles que já cruzaram os portais dos mundos. É tradicional também deixar um lugar à mesa para os ancestrais e lhes servir pratos como se eles estivessem presentes à ceia. Para aqueles que não têm família para festejar e celebrar seus ancestrais, alimentos geralmente são deixados do lado de fora de casa, na porta de entrada, em homenagem aos familiares e amigos desencarnados. É também tradicional deixar uma vela acesa na janela da casa para ajudar a guiar os espíritos ao longo de sua caminhada ao nosso mundo para que possam encontrar o caminho de volta.



De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno). Samhain é um dos quatro grandes Sabbats e muitas vezes é considerado o Grande Sabbat. Por ser o maior de todos e o mais importante também, todos os Pagãos consideram Samhain como a noite mais mágica do ano. Muitas práticas adivinhatórias foram associadas a Samhain, as mais comuns eram aquelas que prenunciavam casamentos e fortunas para o próximo ano que estava se iniciando. Uma das tradições mais comuns praticadas pelos povos antigos era a de colocar várias maçãs em um grande barril de água. Várias mulheres se reuniam em volta do barril, e a primeira que conseguisse pegar uma das maçãs seria a primeira a casar no próximo ano. Na Escócia, colocavam-se pedras entre as cinzas da lareira, deixando-as "descansar" durante a noite. Se alguma pedra fosse descoberta durante a noite, representaria a morte iminente durante o próximo ano de um dos moradores da residência.

Sem sombra de dúvida a prática mais famosa do Samhain é o Jack O'Lantern (máscaras de abóboras), que sobrevive até hoje nas modernas celebrações do Halloween. Vários historiadores atribuem suas origens aos escoceses, enquanto outros lhe conferem origem irlandesa. As máscaras eram utilizadas por pessoas que precisavam sair durante a noite de Samhain. As sombras provocadas pela face esculpida na abóbora tinham a virtude de afastar os maus espíritos e todos os seres do outro mundo que vinham para perturbar. Máscaras de abóboras também eram colocadas nos batentes das janelas e em frente à porta de entrada para proteger toda a casa. O costume norte-americano de vestir-se com trajes típicos e sair pelas casas dizendo Trick or Treating, nas noites de Halloween, é de origem céltica. Nos tempos antigos, o costume não era relegado às crianças, mas sim aos adultos. Em tempos ancestrais, os vagantes iam cantando cânticos da época de casa em casa e eram presenteados com agrados pelo seus habitantes.



O Treat (presente) também era requerido pelos espíritos ancestrais nessa noite através de oferendas. Samhain é um tempo para a reflexão, no qual olhamos para o ano mágico que passou e estabelecemos as metas para nossa vida no ano que entra.


Correspondência de Samhain 

Cores: preto e laranja
Nomes Alternativos: Festa de Todos os Santos, All Hallows, Mischief Night, Hallowmas, Noite de Saman, Samaine, Halloween, All Hallows Eve.
Deuses: Deuses Anciãos, a Deusa na sua face da Anciã, o Deus como o Senhor das Sombras.
Ervas: nós-moscada, sálvia, menta, mirra, patchuli, artemísia, alecrim, musgo, calêndula, louro, mandrágora.
Pedras: obsidiana, floco de neve, ônix, cornalina, turmalina negra, âmbar, granada, hematita.
Atividades: Tomar resoluções para serem colocadas em prática no próximo ano que se inicia. Queima de pedidos. Confeccionar um Jack O'Lantern. Fazer oferendas de maçãs e pães no jardim dos ancestrais. Adivinhação através do Tarô, das Runas, da bola de cristal, da vidência em espelho negro e caldeirões com água. Fazer máscaras que expressem a sua sombra. Confeccionar vassouras. Confeccionar um Bastão Mágico. Confeccionar uma Witch's Cord (Corda de Bruxa) para proteção durante o decorrer do ano. Acender uma vela laranja à meia-noite para atrair sorte no ano que se inicia. Erigir um Altar com a foto de seus ancestrais amados e colocar oferendas sobre ele, demonstrando seu agradecimento e reconhecimento pelos feitos deles na Terra.
Comidas e Bebidas Sagradas: maçã, romã, nozes, cidra, vinho quente, abóbora, chá de ervas, batata.
Queima de Pedidos: A Queima de pedidos é um dos rituais tradicionais de Samhain. Nele banimos tudo o que tivemos de negativo e pedimos o que queremos atrair de positivo para o ano mágico que se inicia.
Para isso você vai precisar de:
- Dois pedaços de papel em branco;
- Um lápis;
- Álcool de cereais;
-  Folhas de louro;
- Seu Caldeirão.
Num dos papéis escreva tudo aquilo que você quer afastar de sua vida: obstáculos, doenças, pessoas indesejadas, dificuldades, etc. No outro escreva tudo aquilo que você quer atrair para a sua vida: saúde, prosperidade, amor, sucesso, etc.
Seja bem específico em seus pedidos e não se esqueça de no final assinar e colocar a seguinte frase:
Que tudo isso seja correto e para o bem de todos. 
Coloque um pouco de álcool no seu Caldeirão, acenda-o e jogue o primeiro papel, aquele que contém as coisas que você quer afastar, no fogo. Enquanto o papel queima, mentalize o mal sendo afastado. Peça à Deusa e ao Deus que todas as forças negativas sejam anuladas e que o mal seja banido. Espere o fogo acabar, então coloque um pouco mais de álcool no Caldeirão, tomando o devido cuidado, pois o álcool quando colocado em um recipiente quente evapora e pode entrar em combustão espontaneamente. Jogue então o segundo papel, aquele que contém as coisas que você quer atrair para a sua vida, no fogo. Coloque as folhas de louro nas chamas, sempre mentalizando as boas coisas que você quer atrair para a sua vida. Quando o fogo acabar, concentre-se na fumaça, provocada pelas folhas, subindo os céus, e peça que seus pedidos se elevem ao mundo dos Deuses. Que Assim Seja e Assim se Faça!



Abra seus Olhos!

Deus criaste todas as coisas, 
mas os seres humanos, hipócritas, 
dia após dia, 
estão destruindo tudo.
Não respeitam mais nada!



Deus

Tu criaste todas as coisas
Tu sabes que somos pó

Nós te pertencemos!


(Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. (Salmos 103:13-14))