domingo, 31 de maio de 2015

Saiba mais sobre o Oaska: o Misterioso chá da Amazônia

Matéria publicada no anuário cultural Humanus I, ano 2000




Considerado o Grande Avatar pela sua poderosa capacidade de despertar a divindade no homem, o chá Oaska, composto a partir de duas plantas da Floresta Amazônica e comungado em rituais religiosos desde eras remotas, ganha cada vez mais adeptos em toda a América do Sul, nos Estados Unidos e na Europa. O que atrai estas pessoas é o poder de atuação desse misterioso líqüido no espírito humano, que lhes possibilita conhecer o verdadeiro significado da existência, recordar-se de suas vidas passadas e aprender a construir um futuro melhor a partir da consciência adquirida.
Iluminando a humanidade através dos séculos e deixando sinais de sua doutrina em inúmeras religiões do planeta, a UNIÃO DO VEGETAL (UDV), a Ordem Religiosa que distribui o chá em seus rituais religiosos e que é também a mais antiga do mundo, ressurge no final do século XX inaugurando a era de Aquário pelo seu poder de fazer superar as ilusórias divergências e as rotulações religiosas, no sentido de despertar os homens para a legítima e única dimensão da espiritualidade: a união. Deste modo, o chá Oaska representa a esperança para um mundo onde a desunião e o desequilíbrio tomaram proporções tão inauditas que se torna difícil conceber uma solução para ele. 
Embora para muitos a existência de um chá dotado de tamanho poder possa parecer algo impossível, ele existe, e em território nacional, encontrando-se à disposição de todos os que têm busca espiritual.

Requisito para experienciar esse poder? 
Uma boa dose de coragem para se enfrentar. E como recompensa, a avaliação de toda uma vida dentro da dimensão espiritual, além da força suficiente para livrar-se do falso e do ilusório.


A luz em sua própria casa


Em 1974, dois jovens saíram de um mosteiro budista do Rio de Janeiro com o objetivo de empreender uma viagem a um templo do Tibete em busca de algo que os auxiliasse na conquista do autoconhecimento. Baseando-se em informações contidas em livros e em algumas revistas de cunho espiritualista, alimentavam a esperança de que lá encontrariam o caminho espiritual que aqui ainda não haviam conseguido encontrar. 
Após uma estafante viagem de quase uma semana, constituída de algumas dezenas de horas de vôo, embarques em trens, ônibus e navios, além de uma longa escalada a pé pelas montanhas do Himalaia, chegaram afinal ao templo tibetano, situado num dos inúmeros picos dessa cordilheira. Faltava apenas a entrevista com o Lama, que ocorreu dois dias depois da chegada. 
Assim que foram recebidos por ele, expressaram-lhe suas inquietações a respeito da busca pelo verdadeiro caminho da espiritualidade, a qual os motivara a fazer tão longa jornada. 
O ancião os fitava sem nada dizer, até que, após um longo silêncio, revelou: – A Grande Luz que durante tanto tempo clareou o Oriente deslocou-se para o Ocidente. Encontra-se na América do Sul, no país maior. Só lá poderão encontrar o que procuram. 
Os dois peregrinos não podiam acreditar no que estavam ouvindo: tanto trabalho e esforço, tanto dinheiro e tempo gastos para terem de ouvir que a Grande Luz estava no Brasil! Não sabiam se ficavam desolados ou felizes diante de tão forte revelação, mas não tiveram outra alternativa senão regressar. 
Em 1989, a história se repete, desta vez com dois profissionais de São Paulo. Um professor de Tai Chi Chuan, estudioso da filosofia oriental, convenceu um amigo seu, gerente industrial, a acompanhá-lo até um mosteiro de linha tibetana na Índia à procura de um certo monge do qual ele ouvira falar, pois acreditava ser sua doutrina religiosa a mais próxima da verdade. O monge, da mesma forma que o outro fizera no Tibete quinze anos antes, revelou-lhes que a luz que eles procuravam se encontrava aqui no Brasil... 
Os dois primeiros viajantes, alguns meses depois de sua chegada, relataram o fato à pessoa que um ano depois encontraria a Oaska e após seis se tornaria o dirigente da União do Vegetal: o Mestre Joaquim José de Andrade Neto, que sempre sentira e soubera que o caminho da verdadeira espiritualidade se encontra na própria América do Sul. Os outros dois que passaram por experiência semelhante contaram o ocorrido para o proprietário de uma academia de Tai Chi Chuan; e esta pessoa, no ano seguinte, encontraria a União do Vegetal e se tornaria discípulo do Mestre. Assim, a grande boa nova para o habitante do continente sul-americano é a presença desse chá neste mesmo contintente, fato esse que pode poupá-lo de ter que se deslocar até o Himalaia, à Índia ou a outros lugares em busca da experiência com o sagrado. 
Aliás, os episódios ocorridos com esses brasileiros são simbólicos, na medida em que a primeira revelação proporcionada pela Oaska é a de que a luz tão procurada pelo homem se encontra em sua própria casa, ou seja, no interior de si mesmo
Também Lídia Carmeli, discípula que é jornalista e ex-professora de yoga, passou por experiência semelhante, tendo ido até à Índia e lá permanecido quatro meses em busca do autoconhecimento: “Não dá nem para comparar as inúmeras horas que despendi com exercícios de meditação e yoga com um minuto de experiência com a Oaska: a experiência é tão forte e grandiosa que depois da minha primeira Sessão eu ria de mim mesma por ter esperado alcançar o êxtase em terras tão distantes e através de exercícios meramente mentais.” Adriana Simon, também discípula, sintetiza da seguinte forma o impacto que representou para ela encontar-se pela primeira vez sob o efeito do chá: “Quatro horas de experiência com a Oaska foram suficientes para me dar as respostas existenciais que eu há anos procurava. Quando já estava tendo crises de depressão, descobri todas as respostas dentro de mim mesma.” 
Assim, a Floresta Amazônica, considerada “o pulmão verde do mundo”, além de contribuir para a qualidade de vida do homem no nível físico através da purificação do ar, ainda favorece a sua qualidade de vida no nível espiritual, justamente por abrigar, dentre as milhares de espécies vegetais que a compõem, as duas plantas surpreendentes com as quais o chá Oaska é preparado, o Mariri e a Chacrona, cujos efeitos podem representar a solução para os problemas humanos. Esse fato explica a atração que inúmeros povos de outros continentes sentem pela gigantesca mata sul-americana, ainda que desconhecendo o mistério que ela guarda em seu seio.


A busca pelo êxtase 


A busca pelo sentimento de plenitude do ser – o êxtase – é uma característica da natureza humana, de modo que a esperança de experimentá-lo jamais se extingue. Essa esperança é que deu origem às religiões e ao que de melhor se criou na arte, nas ciências e na filosofia. 
Paradoxalmente, a busca pelo êxtase também levou o homem a descaminhos. Veja-se, por exemplo, o caso do grande número de pessoas de uma das gerações do nosso século que arriscou sua saúde física e mental em experiências alucinógenas na ilusão de que as mesmas poderiam lhes proporcionar a ligação com algo transcendental. Tais pessoas ignoravam, sem dúvida, que o êxtase é infinitamente mais do que sensações de bem estar acompanhadas de visões. A necessidade de senti-lo está relacionada à busca pelas respostas para as questões existenciais. 
Sem saber exatamente o que está fazendo neste mundo, o homem encontra dificuldades para traçar diretrizes ou princípios de vida e, mais ainda, para ser fiel a esses princípios. E é justamente essa carência de respostas que explica a existência das guerras, das perseguições, da escravidão e de outras aberrações que marcam a História da Civilização. 
Nesse sentido, a consciência do porquê da vida é algo imprescindível para a conquista da harmonia da espécie humana na Terra. No entanto, embora a experiência do êxtase faça parte dos anseios recônditos de cada um, o caminho que conduz a ele é dos mais difíceis, porque só é possível senti-lo quando o canal de acesso ao Sublime se encontra desobstruído. E isso só acontece quando conseguimos transcender os estreitos limites de nosso pequeno ser individual e enxergar adiante de nós mesmos, descobrindo os liames invisíveis que nos ligam a todos os outros seres e a toda a natureza. 
Ângela Regina Canazza Corrêa, professora de música e associada à União do Vegetal há quatro anos, esclarece: “A Oaska é capaz de nos fazer chorar por toda a humanidade, amando intensamente cada homem que existe no mundo, e ainda nos prepara para podermos contribuir para a regeneração desse grande organismo do qual somos parte integrante.” 
Mas até chegar a esse ponto há uma longa travessia a ser realizada dentro de si mesmo, para a qual a Oaska é considerada o mais eficaz dos instrumentos. Ao comungá-la, o discípulo normalmente tropeça nas faltas do passado, enxerga a queda e constata suas fraquezas, manhas e maldades
Os membros da UDV afirmam que a lucidez adquirida nessa caminhada é suficiente para diagnosticar problemas espirituais e questões mal resolvidas. E como as pessoas sempre se julgam melhores do que elas realmente são, não é raro que levem um susto diante da constatação dos entulhos acumulados durante anos. 
Porém, depois da limpeza, o espírito se rejubila e se eleva: “Tive que atravessar o inferno que eu mesmo havia criado para chegar ao paraíso”, declara a maioria dos que já comungaram o misterioso líqüido.




Oaska: espelho espiritual


Pode parecer ilógico, absurdo ou fictício, mas a verdade é que duas plantas nativas da Floresta Amazônica, o cipó Mariri e o arbusto Chacrona, quando cozidas com água e preparadas por um Mestre que faz parte da história destas plantas sobre a Terra, produzem um chá que tem efeitos surpreendentes na vida das pessoas, conferindo-lhes a capacidade de enxergarem a si mesmas espiritualmente como se estivessem se olhando num espelho. Assim, a Oaska atua como instrumento de justiça divina de forma infalível, revelando a cada um o seu estado espiritual. 
O efeito surpreendente desse misterioso líqüido no espírito humano tem o nome de burracheira, experiência capaz de mudar completamente a vida de uma pessoa, tal a força das verdades existenciais que traz à tona. 
Por esse motivo, não é difícil deduzir que o discipulado através da Oaska não seja fácil, mesmo porque não são todos os que procuram a Verdade; e, dos que a procuram, só alguns conseguem suportá-la, ainda mais em se tratando, como é o caso, de enfrentar a força da verdade no plano espiritual, o que é bem mais sério. 
A maioria das pessoas, infelizmente, ainda prefere fugir de si a ouvir a própria consciência, e para isso há uma série de recursos à disposição, como os entorpecentes (o álcool, tabaco e outras drogas); a psicoterapia, que é um meio de fuga mais sofisticado; ou, ainda, a televisão, que atua de forma mais sutil, absorvendo muitas horas no dia-a-dia das pessoas. São diferentes formas de adiar o auto-exame que deve ser feito. 
A Oaska tem o poder de desmontar o castelo de ilusão criado por tais recursos e apresentar a cada um, com nitidez incontestável, o espetáculo do seu desequilíbrio. E de tal enfrentamento não há como fugir: o acerto de contas torna-se uma ordem inexorável. Esse é o primeiro passo para o autoconhecimento. Além desse importante diagnóstico, o discípulo adquire força e coragem para operar em si as mudanças necessárias. Trata-se de um serviço completo, só restando à pessoa fazer jus à clareza recebida, cumprindo em seu cotidiano o que deve cumprir e deixando de fazer aquilo que não deve. 
A conquista paulatina do discernimento através desse processo contínuo de auto-avaliação contribui para que as pessoas evitem cometer desatinos, e essa retidão de conduta certamente contribuirá para atrair a boa sorte em suas vidas. 


Efeitos morais e éticos da Oaska nos discípulos 


A Oaska, por trazer à tona a consciência espiritual, torna evidentes e nítidos os verdadeiros valores humanos e, com isso, contribui para que cada um adquira uma conduta cada vez mais reta e equilibrada. 
Seus efeitos são, portanto, de integração familiar e social. E, ao mesmo tempo em que espiritualiza o homem, cobra-lhe atenção redobrada em sua vida, apontando-lhe os deveres de filho, irmão, cônjuge, pai, profissional e membro social. 
“Não conheço nada tão eficiente para nos elevar e ao mesmo tempo nos manter com os pés no chão”, declara Eduardo Müller de Sá, membro da UDV há cinco anos. Outro membro, Marcos Francisco Marchini, empresário, se confessa surpreso com as suas próprias mudanças: “Nunca havia atingido um estado tão intenso de sensibilização em relação às pessoas que me cercam. Agora, cada pessoa na minha frente é para mim alguém especial e merece uma atenção especial”, afirma ele.
Assim, cada um que comunga a Oaska enxerga a sua parte, ou seja, o que lhe compete fazer dentro dos seus deveres e, mais do que isso, sente o peso dessa responsabilidade. E a cobrança da burracheira acontece na proporção exata do que o discípulo pode e deve fazer no grau em que se encontra. 
A verdade é que, se cada pessoa cumprisse o seu dever de forma integral e eficiente, certamente os problemas humanos seriam abolidos da face da Terra e o homem alcançaria um novo estágio de evolução. 
Os associados da União do Vegetal, ao se darem conta da gravidade de suas omissões ou dos desvios que vinham cometendo há anos, querem a todo custo repará-los. Alguns sentem essa necessidade a partir da primeira Sessão, como é o caso de uma novata que viajou mais de 1.000 kilômetros para buscar o filho que ela abandonara há três anos e que deixara com o ex-marido; de um associado que confessou à esposa todos os seus adultérios; e de uma jovem que procurou o pai para uma reconciliação após dez anos de inimizade. 
Além disso, no quadro de associados da União do Vegetal constam casais que, antes da experiência com o chá, já estavam separados ou prestes a separar-se, e filhos que se indispunham com os pais, além de ex-drogados, ex-alcoólatras e ex-desocupados, todos tendo passado por esse mesmo processo de auto-exame e amadurecimento espiritual proporcionado pela Oaska, e desfrutando atualmente da integração com a família e com a sociedade.


Começando de si mesmo 


Na burracheira as imperfeições do ser humano são enxergadas com os olhos do espírito, e nessa dimensão o homem descobre uma lucidez até então desconhecida, a espiritual, que é, aliás, a única capaz de fazê-lo compreender que tudo o que é horrível no mundo tem por causa o horrível que cada um tem dentro de si. Em outras palavras, ele compreende que, para mudar o exterior, é preciso começar do interior. Tendo isso por princípio e diretriz de vida, todos os associados da União do Vegetal são unânimes em afirmar que a lição mais importante da vida espiritual é a de que o único inimigo do homem está dentro dele mesmo, e que justamente por não saber disso é que ele cai no engano de julgar que os inimigos são os outros.
Assim, os que chegam à União do Vegetal com idéias revolucionárias logo se deparam com a ordem inexorável, vinda da própria consciência, de primeiro mudarem a si mesmos antes de quererem mudar o mundo, pois compreendem que quem consegue mudar a si mesmo já está, na verdade, começando a mudar o mundo.
Por isso, as revelações da Oaska trazem consigo a exigência de virem a ser incorporadas à vida cotidiana e de se transformarem nas diretrizes éticas norteadoras da conduta de quem as recebe. Este é o preço de todo verdadeiro conhecimento espiritual: uma vez constatada a verdade, quem tentar fugir dela terá sempre de prestar contas à sua consciência, que é o mais rigoroso de todos os juízes.
Sob a luz da Oaska, este acerto de contas é tão marcante que aquele que não conseguir se harmonizar com a própria consciência certamente não conseguirá continuar a sua caminhada na vida espiritual. Como conseqüência dessa cobrança, o discípulo revê todos os seus valores e, a partir dessa nova concepção de vida, passa a policiar seus pensamentos, palavras e atitudes.
O próprio conceito de honestidade, por exemplo, começa a ser encarado de forma bem mais ampla. “Ser honesto não é só não roubar, como pensam as pessoas. Para se chegar ao ponto de ser honesto espiritualmente é preciso parar de mentir, de omitir, de enganar, de tirar vantagens e de usar de manha para conseguir as coisas”, esclarece o Mestre.


Burracheira e mirações


As imagens contempladas durante a burracheira recebem a denominação de mirações e podem se manifestar de formas infinitamente variadas: ora são duradouras, ora fugazes; ora nítidas, ora dotadas de tênues contornos; ora de aparência assustadora, ora de grande beleza. Muitas vezes as mirações revelam fatos do passado, às vezes de um passado anterior à atual encarnação. E, conforme a necessidade, até mesmo o futuro pode ser revelado. Em todas é possível encontrar um significado; todas pedem uma decifração. Mas a forma pela qual elas revelam seus conteúdos é também extremamente variável: às vezes são bastante claras e diretas; às vezes são enigmáticas e oraculares. Por este motivo, os discípulos podem precisar do auxílio do Mestre para conseguir compreender o seu significado.
Na verdade, as mirações constituem recursos de ilustração utilizados pela burracheira para revelar ensinamentos e o estado de espírito de cada um. Porém, as revelações também podem se manifestar através de sentimentos, de sensações ou de inúmeras outras formas. As palavras do Mestre, por exemplo, são fonte inesgotável de revelações, como também o são os acontecimentos da vida diária, desde que corretamente interpretados.
Apesar de ser a miração apenas uma das possíveis manifestações da burracheira, é comum acontecer de pessoas procurarem a UDV imaginando que a Oaska é bebida com o único objetivo de se “ver coisas”. Muitas vezes estas pessoas, após uma experiência marcante com a Oaska, afirmam que “não tiveram burracheira pois não viram nada”. Este tipo de idéia é, em grande medida, o efeito de uma série de publicações a respeito de experiências com chás preparados com Mariri e Chacrona sem a orientação do Mestre. Os relatos que estas publicações trazem praticamente se resumem à descrição de visões de formas exóticas e coloridas. Em muitos casos esses relatos estão impregnados daquela espécie de misticismo selvático tipo “exportação”, muito em moda ultimamente. Proliferam então os xamãs voadores furando os ares em direção ao arco-íris, os animais falantes de pelagem iridescente e os pequenos seres espirituais da floresta. Outros depoimentos não vão além de uma descrição cansativa de padrões geométricos complexos e coloridos ou de formas abstratas esvoaçantes em contínua metamorfose. Tudo isto não é senão uma prova tanto da falta de orientação das pessoas que preparam e ingerem aquelas beberagens como do escasso alcance espiritual das mesmas. Elas podem produzir visões, mas isso não quer dizer que estas provenham da burracheira, mesmo porque a burracheira é um efeito exclusivo da Oaska. E a Oaska só pode ser produzida pelas mãos do legítimo Mestre Geral Representante da União do Vegetal, e não por curiosos.
De nada adianta ter visões se não se pode ter a compreensão trazida pela burracheira; e quem bebe a Oaska sabe perfeitamente que é bem melhor ter burracheira sem ter mirações do que ver muitas coisas sem ter burracheira.



As origens 


A possibilidade de certas plantas comporem um chá capaz de nos revelar o sentido de nossa vida é algo que o homem moderno – que desaprendeu a reverenciar a natureza e se tornou insensível aos seus mistérios – reluta em aceitar. De fato, não se pode demonstrar por meio de argumentos lógicos que haja esta possibilidade. Porém qualquer esforço de demonstração é desnecessário, uma vez que o chá existe e é acessível a todos os que quiserem comprovar os seus poderes e aprender com ele. 
Na verdade, como demonstram fartas evidências apontadas por antropólogos e etnobotânicos, a utilização de uma bebida composta pelo Mariri e pela Chacrona já existia antes mesmo do início da civilização ocidental. Este fato nos leva a indagar como é possível que em época tão remota tivesse sido descoberto que, da união de duas plantas específicas, selecionadas dentre as centenas de milhares de espécies que compõem a Floresta Amazônica, resultaria um líqüido com os poderes surpreendentes da Oaska, cujo benefício à humanidade supera o de todo o conhecimento tecnológico acumulado por nossa civilização. Tal descoberta, que não poderia ser obra do acaso e da experimentação, é uma indicação de que o surgimento da Oaska só pode ter sido fruto da intervenção direta da Força Superior que governa a natureza.
Só mesmo a Oaska poderia desvendar o mistério de sua própria origem. E o chá misterioso revela que esta origem remonta à mais antiga cultura indígena, no primeiro alvorecer da cultura humana. Foi nesta época que Salomão, o Rei da Ciência, com a sua sabedoria inspirada, realizou a união entre o Mariri e a Chacrona e entregou o fruto dessa união, que é o chá Oaska, ao seu fiel vassalo Caiano, que, ao bebê-la, adquiriu a consciência espiritual e se tornou o primeiro Oasqueiro, ou seja, a primeira pessoa a comungar e a distribuir a Oaska na Terra. Nesta ocasião, Caiano recebeu de Salomão o sétimo segredo da natureza, a União do Vegetal e, com ela, a chave da palavra perdida, que permite entrar em contato com a Força Superior e penetrar nos encantos da natureza divina. Desde então, Caiano, sempre demonstrando grande abnegação, humildade e amor pela humanidade, vem se reencarnando sucessivamente na Terra e cumprindo sua missão de restaurar a União do Vegetal e de trazer aos homens a luz do verdadeiro conhecimento espiritual. Neste século, ele reencarna em Coração de Maria, Estado da Bahia, com o nome de José Gabriel da Costa, tendo se tornado conhecido na UDV como MESTRE Gabriel.
De origem humilde, MESTRE Gabriel se desloca, quando adulto, para a cidade de Porto Velho, em Rondônia, a fim de trabalhar como seringueiro na Floresta Amazônica. No seringal boliviano chamado Guarapari, bebe o chá sagrado, o qual lhe permite recordar-se de sua missão e de suas encarnações passadas. Em 1961, após passar três anos examinando as revelações recebidas, MESTRE Gabriel recria a UDV, dando início ao seu trabalho de doutrinação e de distribuição do misterioso líqüido. Em 1971 ele desencarna deixando um precioso legado espiritual, em virtude do qual as gerações futuras hão de lembrar o seu nome com gratidão e reverência.


O Ritual 


A Oaska é comungada exclusivamente nas sessões da União do Vegetal, as quais têm duração de quatro horas e são dirigidas pelo Mestre ou por quem for designado a representá-lo. A presença do Mestre dirigindo a Sessão e a observância ao ritual são imprescindíveis à concentração e ao auto-exame, garantindo também a harmonia do ambiente e a elevação espiritual do discípulo. Após haverem bebido a Oaska, os participantes da Sessão permanecem sentados até o final do ritual. O Mestre faz então as chamadas (cantos iniciáticos) de abertura e, em seguida, inicia os trabalhos de doutrinação espiritual, os quais podem ser intercalados com músicas contendo ensinamentos, selecionadas conforme a necessidade. Nessas ocasiões o discípulo tem oportunidade de ouvir aquilo que ele mais precisa ouvir, uma vez que o Mestre atua como um canal de ligação com a Força Superior, de onde vêm todos os ensinos espirituais. Encerrada a doutrinação, os participantes têm oportunidade de, mediante pedido verbal, se expressar e fazer perguntas ao Mestre. No prazo previsto do ritual, este entoa as chamadas de encerramento e dá por encerrada a Sessão. 


O Preparo 


O chá comungado nas sessões é preparado pelos próprios membros da União do Vegetal sob a orientação do Mestre, num ritual que constitui um verdadeiro culto à natureza. Os homens colhem o Mariri, que, em seguida, é raspado, amassado e desfiado. As mulheres colhem as folhas da Chacrona e lavam-nas, uma a uma. O Mestre dispõe então o Mariri e a Chacrona em caldeirões e verte sobre eles água suficiente para a fervura. Depois que o Vegetal é distribuído e comungado, são feitas as chamadas de abertura e é aceso o fogo sob os caldeirões. 
Com a chamada da União, o Mestre invoca a luz e a força, que são assimiladas pelo Vegetal e gravadas em sua memória. Esse fenômeno mágico através do qual um líqüido adquire a propriedade de fazer o poder de Deus se manifestar no espírito humano só é possível graças à intermediação que o Mestre realiza entre o plano espiritual e o mundo físico. É por isto que a existência da Oaska na Terra tem como condição essencial a presença de um Mestre consciente e recordado espiritualmente na direção do seu preparo e distribuição. Sem isso, o resultado pode ser um chá feito de Mariri e Chacrona, mas certamente não será Oaska, ou seja, não será provido dos seus efeitos misteriosos. E sem a verdadeira Oaska não há como experienciar a burracheira. 
Quanto aos demais participantes do preparo, exige-se de todos, durante os trabalhos, um alto nível de compenetração e de atenção. Cada um deve cuidar para que suas atitudes, palavras e seus pensamentos estejam sempre em sintonia com o dirigente e com a seriedade do trabalho que se está realizando. 
(...)


A Constituição do Centro Espiritual Beneficente União do Vegetal 


MESTRE Gabriel ocupa o vértice superior da hierarquia da UDV, sendo a fonte de todos os ensinamentos desta. Por ter recebido a União do Vegetal das mãos do seu autor, o Rei Salomão, ele é o guardião espiritual dos segredos da Oaska, e esta se encontra indissoluvelmente ligada a ele. O cozimento conjunto do Mariri e da Chacrona só resulta no misterioso chá quando realizado sob sua supervisão e a serviço da obra que lhe foi confiada pela Força Superior. A Oaska é, por sua vez, o veículo pelo qual o MESTRE se faz presente na Terra, iluminando o caminho trilhado pela União do Vegetal. 
Após seu desencarnamento, ocorrido em 1971, MESTRE Gabriel continua a orientar os passos da União do Vegetal, mas a sua intervenção passa a se dar através de um representante. Por isto existe na UDV o cargo de Mestre Geral Representante, cujo titular é o responsável pela continuidade de sua obra. O Mestre Geral Representante está ligado ao MESTRE Gabriel por um vínculo de absoluta fidelidade e obediência, constantemente renovado e confirmado pelo poder da Oaska. Percebe-se que representar o MESTRE não é tarefa simples. Tampouco é simples a tarefa de escolher a pessoa que deverá desempenhar este mister, daí o fato de essa escolha, da qual depende a continuidade da UDV na Terra, não poder ficar a cargo de terceiros. 
O próprio MESTRE é quem convoca o seu Representante, e se não pode fazê-lo pessoalmente, o faz através do mistério. A força misteriosa da Oaska faz chegar a pessoa certa ao lugar certo. 
Foi o que aconteceu em 1975 em Porto Velho, quando um jovem chamado Joaquim José de Andrade Neto, que participava pela primeira vez de uma Sessão do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, tendo sido convidado a falar, discorreu sobre a União de uma forma absolutamente surpreendente. Nessa ocasião, ele expressou a sua firme determinação de servir de forma incondicional a União do Vegetal, com a qual demonstrou possuir uma relação pessoal aparentemente inexplicável, uma vez que bebia a Oaska pela primeira vez. Desde então, o referido jovem, que mais tarde se tornaria conhecido como Mestre Joaquim, não deixou jamais de agir de acordo com as palavras que proferiu naquela Sessão, trabalhando incansavelmente em prol da União. Inúmeras têm sido as suas demonstrações de amor e dedicação à UDV, e eloqüentes os muitos sinais de que sua presença na UDV é obra do mistério que permeia toda a história da Oaska. Ocorre, porém, que o zelo com que Mestre Joaquim sempre cuidou da preservação da integridade dos ensinamentos do MESTRE Gabriel, denunciando os abusos cometidos por aqueles que se diziam discípulos da UDV, passou a constituir motivo de revolta por parte dos mesmos, que viam ameaçados os seus interesses pessoais. Essa situação deu origem a uma série de acontecimentos, os quais tornaram inevitável a decisão do Mestre de se desligar do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Consciente de que a humanidade corria o risco de perder mais uma vez a ligação com os mistérios da Oaska (como já ocorrera em outras ocasiões ao longo da História da UDV na Terra), o Mestre percebeu que a responsabilidade pela preservação desta ligação se encontra exclusivamente em suas mãos. Realizou então em 1981 uma Sessão no dia de São João, na qual recebeu ordem superior e autorização espiritual do MESTRE Gabriel para constituir novamente a UDV. 
Segundo a determinação superior, a data da nova constituição deveria ser o dia 22 de julho do mesmo ano, e a palavra “Espírita”, que remete à doutrina kardecista, deveria ser substituída pelo termo “Espiritual”, que melhor expressa o sentido da doutrina da UDV. 
Desde que foi constituído, o Centro Espiritual Beneficente União do Vegetal é o único baluarte da UDV na Terra. E o Mestre Geral Representante da UDV, Mestre Joaquim José de Andrade Neto, o único depositário da autoridade e do conhecimento necessários para orientar o preparo e a distribuição da Oaska. 
Pelo canal de ligação com a Força Superior que o Mestre mantém sempre aberto, ele vem recebendo as revelações sobre todos os elos que compõem a história milenar desse misterioso chá. E enquanto houver na Terra alguém capaz de receber esta tradição e, com ela, a consciência clara da importância e da missão da UDV, a história da Oaska não terá fim.


“Não me bebas sem razão.
Não me distribuas sem honra.”
Mestre Joaquim José de Andrade Neto




Cuidado! 

 O Mestre não se responsabiliza pelo preparo e distribuição de chá de Mariri e Chacrona por pessoas curiosas e de forma clandestina. A esse respeito, ele costuma contar a seguinte história:



Um jovem chamado Alad procurou um Mestre com o desejo de alcançar a iluminação. E o que ele tinha mesmo era desejo, e não vontade, porque, na verdade, ele estava era curioso para saber alguma coisa a respeito do poder mágico de um enorme diamante que o Mestre usava para corrigir as falhas de caráter nas pessoas durante as misteriosas sessões que dirigia. Falava-se ainda que com esse diamante qualquer um poderia realizar o milagre que desejasse. E então, Alad se apresentou na casa do Mestre.
Este, depois de um olhar longo e penetrante, aceitou que ele ficasse em sua ermida durante um ano. Sua função seria a de porteiro.
Um mês depois, o Mestre, que não lhe dirigira mais a palavra, convocou-o para cuidar da porta de um salão onde haveria uma Sessão. Advertiu-o, porém, de que não olhasse para dentro nem permitisse que outras pessoas o fizessem. Alad foi então para o seu posto guardar a porta do salão. Algum tempo depois, começou a ouvir ruídos estranhos: suspiros, gemidos, choros e movimentos bruscos. Havia uma sensação misteriosa de energia sendo liberada...
– Que estranho! – pensou Alad.
E deixando-se levar pela curiosidade, olhou pelo buraco da fechadura. Ficou assombrado com o que viu: uma luz tênue na sala, o Mestre caminhava por entre os discípulos, levando na mão um enorme diamante de formas perfeitas: o diamante mágico, que brilhava com um etéreo esplendor! Um a um, o Mestre tocava a todos na fronte com o diamante. Alguns gritavam, outros debruçavam a cabeça sobre a mesa em êxtase. Era, enfim, uma verdadeira catarse. E, quando cada um deles era tocado, faíscas de energia saíam das mãos do Mestre...
Alad ficou perplexo:
– Que espetáculo surpreendente! – pensava. – Isto é o que quero! Posso tornar-me grande e estender a todos essa grandeza! O diamante divino! Por isso é que o Mestre pediu que eu cuidasse da porta: eu sou o que sabe guardar esse tesouro sagrado! E começou então a formular um plano para furtar o diamante do Mestre. – Poderei usá-lo para transformar o mundo: um trabalho muito maior que o de ajudar um pequeno grupo de buscadores!
Semanas depois, Alad viu sua oportunidade surgir. Descobrira que o Mestre guardava o diamante numa caixa de madeira ao lado de sua cama. Conseguiu entrar em seu quarto em hora avançada da noite e pegar a caixa. De posse do diamante, decidiu marcar uma Sessão já para a noite seguinte com a família e amigos, na qual mostraria o extraordinário poder da preciosa pedra. As pessoas iriam compreender a grandeza do que ele tinha sob seu controle!
No momento da Sessão, Alad vestia uma longa túnica branca. As luzes eram tênues e havia um incenso perfumando o recinto.
Quando todos haviam fechado os olhos, pegou cuidadosamente o diamante da caixa. Começou então a mover-se entre os presentes de forma cerimoniosa, tocando a fronte de cada um como havia feito o Mestre. Mas logo se deu conta de que nada acontecia, permanecendo todos em silêncio, sem mover-se. Quando as lâmpadas voltaram a se acender, alguns começaram a rir, e logo todo o auditório estava às gargalhadas. Alad não compreendia em que havia falhado...
Na noite seguinte, ele foi para uma cidade vizinha e realizou outra Sessão.
Nada.
De novo as pessoas acabaram rindo.
Ele estava mortificado...
Depois disso, Alad recolheu-se em sua casa durante muitos dias, olhando com mau humor o diamante e perguntando-se o que havia acontecido. Quanto mais o olhava, menos ele brilhava e mais opaco se tornava. Um dia, por fim, Alad exclamou: – Este diamante não vale nada! Nem sequer é belo! Por que é que quando estava nas mãos do Mestre... E recordou-se da formosura com que a grande jóia havia brilhado e cintilado, plena da luz que brotava dos dedos do sábio...
De repente, o jovem Alad saiu de seu sono e compreendeu tudo afinal: o poder do diamante não provinha do diamante, mas sim do Mestre! A pedra preciosa era só um instrumento, uma jóia resplandecente usada por ele...
Que deveria fazer agora?
Pensou em vendê-la e fugir, mas acabou desistindo, pois sabia que devia devolvê-la...
Dias mais tarde, vencendo seu medo, regressou à ermida do Mestre. Este, assim que o viu, lhe perguntou:

E então: conseguiste transformar o mundo?
Alad, tremendo, respondeu:
– Senhor, eu... levei seu diamante...
O Mestre então lhe disse:
– Mas o diamante não é mais meu do que teu, meu jovem ladrão. O que ele faz é captar o esplendor do Eterno. A luz que emana dele pode transformar o caráter de um discípulo, melhorando-o. Vês? Inclusive a ti ele mudou. Teu desejo impuro fez com que ele perdesse seu esplendor, seu poder... Mas, assim mesmo, quando te lembraste da luz, te tornaste humilde e pudeste regressar a mim. Então, responde: ...pode um ladrãozinho, apesar de tudo, converter-se num santo?
E dizendo isso, o Mestre sorriu pela primeira vez ao discípulo corrigido:

– Procura, pois, encontrar a origem de tudo o que brilha. 
No diamante não poderás encontrá-la...







7 comentários :

  1. Estou deslumbrado com tanta luz e ensinamento da Oaska, meu agradecimento a todos que fazem parte desta união, luz paz e amor.

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  2. Quem toma essa merda acaba esquizofrênico, meu Irmão está em tratamento por causa desta porcaria

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  3. tem vários casos de esquizofrenia de tomou isso ai é só pesquisar

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  4. É recomendado conhecer antes de criticar.

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  5. Bebo o chá a um ano
    Antes de beber o chá eu era uma outra pessoa
    Atualmente venho me descobrindo cada vez mais
    e andando em uma caminho de retidão e firmamento
    de fazer o que é certo.
    O chá me trouxe luz na minha consciência e paz
    ao meu espírito e amor no meu coração.

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  6. Muito bom meu amigo tomo o chá há 4 meses mudou minha vida

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