

Os Cavaleiros Templários foram uma das primeiras e mais conhecidas ordens militares da Europa Cristã - sociedades de cavaleiros cuja missão, pelo menos aparentemente, era defender e propagar a sua fé religiosa. Nos dois séculos seguintes à 1118, os Templários tornaram-se numa das organizações mais poderosas do mundo medieval. Os seus guerreiros, que usavam sobre as suas armaduras mantos brancos embelezados com uma cruz vermelha, ganharam reputação pela sua destreza na luta, disciplina e tenacidade. Com o tempo, os Templários também se tornaram numa força política e econômica. Vários Papas recompensaram os Templários ordenando que estes ficariam isentos de quaisquer impostos, incluindo a taxa que fazia com que a própria Igreja funcionasse. A ordem foi admitindo vários elementos não-guerreiros por toda a Europa, que iam penhorando os seus tesouros para adquirirem terras e edifícios e para criarem um império financeiro que funcionava como um dos principais sistemas bancários europeus. Chegaram mesmo a controlar o governo de Jerusalém.
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Vista atual de Seborga |
O termo de Cister (do francês Cistercien), deriva de Cistercium, o nome latino para a aldeia de Cister, perto de Dijon , no leste da França. Foi nesta aldeia que um grupo de monges beneditinos (templários) do mosteiro de Molesme fundou a Cister Abbey (Abadia de Cister) em 1098, com o objetivo de seguir mais de perto a Regra de São Bento.
O mais conhecido desses monges era Robert de Molesme, com Alberico de Cister e o monge Inglês Stephen Harding, que foram os primeiros três abades da ordem.
Bernardo de Clairvaux entrou na ordem no início do ano de 1.112 com 30 companheiros e ajudou na sua rápida proliferação. Em 1.115 Stephen Harding envia-o ainda jovem à frente de um grupo de monges para fundar uma nova casa, a Abadia de Clairvaux no vale de Langres, em Ville-sous-la-Ferté. A fundação é chamada “Vale Claro”, ou Clairvaux – Claraval (Clara Valis em latim). Bernardo é nomeado o abade desta nova abadia cisterciense.
Nascido em 1.090 numa grande família nobre no Ducado da Borgonha, no castelo de Fontaine-lès-Dijon, Bernardo foi o terceiro de sete filhos de Tescelin o Vermelho (Tescelin Sorrel) e de Aleth de Montbard.
Perto da antiga abadia de Clairvaux, um pequeno vale atravessa a grande floresta. Hoje, o Vale tem o nome de São Bernardo, mas inicialmente se chamava de Val d’Absinthe (Vale do Absinto). O Vale foi declarado como Patrimônio Mundial (1928) com a fonte de São Bernardo num percurso de dois quilômetros. Ele apela para a calma e o descanso: as águas claras da pequena fonte da Abadia de Claraval, através de uma bacia e de um canal para se juntar ao fluxo da Fonte de St. Bernard.
A fonte de São Bernardo
Um bosque de abetos muito velhos fornecem sombra e frescor. Diz a lenda que foi neste local específico que Bernardo de Claraval fundou o mosteiro de Clairvaux em 1114, antes de se mudar para seu local atual. Muitas trilhas demarcadas permitem o acesso ao local.
A influência de Bernardo na ordem cisterciense foi além do convencional e é de primordial importância. Ele reafirmou a importância da estrita observância da Regra de São Bento. Até o final do século XII, a ordem havia se espalhado por toda a França, Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda, Espanha, Portugal, Itália e Europa Oriental.
Também se alega que Bernardo de Clairvaux (São Bernardo) fundou em segredo um mosteiro cisterciense em Seborga em 1.113 para proteger um ‘grande segredo’. Este mosteiro ficou sob a direção de seu abade, Edouard, continha dois monges que haviam se juntado a ordem cisterciense com São Bernardo, dois cavaleiros que tomaram os nomes de Gondemar e Godofredo de Rosal de sua anterior atividade como monges da Ordem de Cister, da Abadia original de Cister.
Existia um arquivo secreto dos Templários, no Principado de Seborga ( http://www.seborga.net/ ) no norte da Itália, que foi recentemente descoberto que continha documentos importantes referentes à antiga história dos Cavaleiros Templários (e da Europa) que exigem um estudo mais aprofundado, mas que vem sendo mantido em sigilo até a presente data.
Localização do Principado de Seborga
O Antigo Principado de Seborga e a área costeira de Bordighera - a “Capital das Palmeiras” da Riviera - pode ser facilmente alcançado a partir de qualquer lugar do mundo. Você se conecta chegando pela cidade de Nice - Cote d’Azur International Airport, na Cote d’Azur (Costa Azul) francesa - e depois segue por terra para chegar à Seborga.
O principado de Seborga, onde em 1.117 os primeiros oito cavaleiros templários foram ordenados, foi o primeiro e único Estado soberano cisterciense na história. A região está situada na borda de um parque protegido com vistas panorâmicas da linha de costa da Riviera francesa, até as colinas de Saint Tropez. Visitá-lo é uma autêntica experiência de vida do país italiano, enquanto que nas suas proximidades estão cidades vibrantes, como San Remo, Bordighera, Menton, Monte Carlo (Principado de Mônaco) e Nice (Cote d”Azur-Costa Azul da França).
A História do Principado de Seborga

Em 955 a Ordem Soberana de Castrum Sepulcri nasceu. Em 1.079 Seborga se tornou um principado do Sacro Império Romano. Em 1.115, a Ordem Soberana de Castrum Sepulcri – que era muito semelhante com a Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários), a comunidade monástica que administrava o hospital para os peregrinos na Terra Santa – tornou-se independente, sob a orientação de Georges o'Bendito. .
Em 1.118 o príncipe/Abade Edward ordenou os primeiros oito cavaleiros templários e o Principado de Seborga se tornou o primeiro e único Estado soberano cisterciense na história. Em 1.127, os oito cavaleiros templários voltaram de Jerusalém para Castrum Sepulcri (Seborga). São Bernardo estava esperando por eles e ordenou o cavaleiro Hugues de Payns como o primeiro Grande Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários. Em 1.128 as Regras da Ordem Templária foram sancionadas pela Igreja de Roma durante o Concílio de Troyes, cujos estatutos foram delineados por ele mesmo.

Em 1.187, após a Batalha de Hattin em 4 de julho, entre os muçulmanos e os cruzados, quando Saladino derrotou Guy de Lusignan e tomou o Reino Cruzado europeu de Jerusalém, os Cavaleiros de Castrum Sepulcri foram feitos prisioneiros, mas não foram executadas graças às suas excelentes relações com os seus nobres companheiros muçulmanos que os acompanharam até o Levante. A maior parte dos Cavaleiros de Castrum Sepulcri, foram libertados da prisão e partiram para casa.
Interior de uma das poucas partes originais da Clairvaux Abbey,
cujo prédio principal esta em ruínas e seu local é usado como uma prisão atualmente,
Clairvaux Prision.
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O Principato di Seborga permaneceu um Estado cisterciense até 20 de janeiro de 1729, quando foi vendido para o nobre Vittorio Amedeo II, de Sabóia, Príncipe de Piemonte e rei da Sardenha. Mais tarde, em 1748, (o Tratado de Aquisgrana) o Principado de Seborga não foi integrado na República de Gênova, nem foi mencionado no Congresso de Viena de 1815, como parte do Reino da Sardenha, e também não há nenhuma menção do Principado de Seborga na Lei de Unificação da Itália em 1861. E por último, mas não menos importante, o Principado de Seborga nunca foi considerado parte da República Italiana, formada em 1946.
Mas parece que essa mudança nunca foi registrado com o reino da Sardenha nem com a Casa de Sabóia. Em 1946, após a unificação da Itália, a Ordem Soberana do Antico Principato di Seborga, de Castrum Sepulcri reconheceu a «de facto e de jure» soberania da República Italiana sobre a atual aldeia de Seborga.
Um sinal de LUZ do Monge Bernardo de Clairvaux.

Bernardo de Clairvaux, de compleição magra, não era alto, de saúde frágil, pálido, com cabelos crespos, mas ainda mais forte e teimoso chegou em Seborga em fevereiro de 1.117, para se juntar a Gondemar e Rossal a quem ele tinha enviado para Seborga em junho de 1.113, a fim de proteger o “Grande Segredo“.
O príncipe regente da abadia na época era o Abade Edward, que nasceu perto da cidade de Toulon, um homem alto com um coração bondoso. Em setembro de 1.118, ele ordenou os oito primeiros Cavaleiros Templários que formou a depois famosa “Pobre Milícia de Cristo.” Eles eram os Abades Gondemar e Rossal, André de Montbar Conde Hugues I de Champagne, Hugues de Payns, Payen de Mont Didier, Geoffroy de Saint-Omer , Archambaud de Saint Amand e Geoffroy Bisol.
Todos deixaram Seborga em novembro de 1.118, os oito chegaram em Jerusalém, na manhã do dia 14 de maio de 1.119, Hugues de Champagne se juntou a eles seis anos mais tarde, no mesmo dia, e no mesmo horário.
Em 1.127, nove anos mais tarde, os nove Cavaleiros Templários de Jerusalém se dirigiram para Seborga no primeiro domingo do Advento de 1127. São Bernardo estava esperando por eles, juntamente com Frei Gérard de Martigues, que em 1.112 formara a ordem dos Cavaleiros de Malta.
Em Seborga, na presença de toda a população de 23 cavaleiros e mais de 100 milicianos, Bernardo de Clairvaux ordenou Hugues de Payns para ser o primeiro Grande Mestre dos Cavaleiros Templários. A consagração com a espada foi feita pelo príncipe e Abade Edward.
Nesse mesmo momento, um voto de silêncio foi feito entre Bernardo de Clairvaux e o Bispo dos Cátaros para salvaguardar “o grande segredo.”
Entre os Cavaleiros Templários, quinze também eram Príncipes do Principado Cisterciense de Seborga, um deles, Guillaume de Chartres morreu em Seborga como resultado de seu ferimento em batalha na Terra Santa.
Em 1611 o último voto de silêncio conhecido ocorreu na presença do pai de Cesário da San Paolo, que também se tornou o Grande Mestre, e como uma lembrança deste dia e data, em cada telhado do Principado foram colocados 13 telhas com a incisão do número 13, a data de 1611 , as iniciais de C.S., e a cruz templária.
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