terça-feira, 15 de abril de 2014

Salve povo da Umbanda!


Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda 

Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda estaria na raíz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. 

É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. 

As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como sendo a junção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.


Formas variadas da Umbanda 

A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos (desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos), no Catimbó e em centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como obsessores). 

Uma das versões mais aceitas popularmente, mas não cientificamente, pois não existe documentação da época para corroborá-la, é a sobre o médium Zélio Fernandino de Moraes.

Diz essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença misteriosa, teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado momento dos trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Paulo. Devido a hostilidade e a forma como foram tratados (como espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo), essas entidades resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que qualquer espírito pudesse trabalhar.

Histórico

Em meio as festas nas senzalas, os negros escravos reverenciavam os orixás por intermédio do sincretismo com os Santos Católicos. Nessas festas eles incorporavam seus orixás, mas também começaram a incorporar os espíritos ditos ancestrais, como os pretos-velhos (reconhecidos como espíritos de ancestrais, sejam de antigos babalaôs, babalorixás, yalorixás e antigos "pais e mães de senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África), que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.


Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espíritos incorporados dos pretos-velhos, como eguns (espírito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção. 

Com os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros. Em alguns Candomblés também começaram a incorporar caboclos (índios das terras brasileiras como pajés e caciques) que foram elevados à categoria de ancestrais e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos Candomblé de Caboclo, muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje. 

No início do século XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era realizada nas praias, começou a ser conhecida pelo termo "macumba", pois "macumba" nada mais é que um determinado tipo de reco-reco usado durante as giras. Por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas as giras como macumbas ou culto Omolokô. 

Com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo, protestantismo, e outras religiões, era considerado macumba. Com isso, acabou por virar um termo pejorativo e que muitos - hoje - falam, e sequer sabem do que se trata ou suas origens.









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